Do imponente e luxuoso Titanic restam apenas destroços e histórias que jamais foram esclarecidas. O centenário de uma das maiores tragédias marítimas não traz respostas sobre o acidente daquele abril de 1912, mas incita ainda mais a imaginação popular a respeito do naufrágio.
Afinal, a tragédia que causou furor no início do século 20 foi revisitada várias vezes pela televisão e cinema, tendo o auge em 1997, com o sucesso cinematográfico "Titanic", de James Cameron.
O drama das 2.223 pessoas que estavam a bordo do transatlântico teve como pano de fundo a história de amor do casal Jack e Rose, estrelado por Leonardo DiCaprio e Kate Winslet.
O filme levou milhares de expectadores aos cinemas de todo mundo tornando ainda mais instigante a história do naufrágio do Titanic, o maior navio de passageiros construído até seu lançamento em 1912.
"Inafundável"
A grandiosidade do Titanic surgiu da disputa de mercado das empresas White Star Line com a Cunard Line, rival no setor e dona dos navios Lusitânia e Mauritânia, os maiores transatlânticos em operação na década de 1910.
O desafio da White Star Line era construir uma embarcação imponente, capaz de competir com as concorrentes. E a missão foi cumprida: após três anos de trabalho em um estaleiro na Irlanda do Norte ficava pronto o Titanic.
O transatlântico era equipado com elevadores elétricos, piscina, ginásio, sala de ginástica, quadra de squash e até cabeleireiros. A decoração não poupou luxos, com móveis caros e painés de madeira esculpidos.
Mas a marca registrada do Titanic não foi o requinte das suas instalações. A fama de "inafundável" foi disseminada pela White Star Line, que fazia disso um atrativo para os futuros passageiros.
Porém, há exatos cem anos, o que era para ser uma embarcação segura tornou-se uma tragédia com 1.517 mortos.
Naufrágio
A viagem inaugural do Titanic tinha como destino Nova York, nos Estados Unidos. o transatlântico zarpou de Southampton, na Inglaterra, em 10 de abril de 1912. Outras duas paradas ainda foram feitas: uma na França e outra na Irlanda.
Na noite do naufrágio, segundo relatos da época, o oceano estava calmo e fazia muito frio. O capitão do Titanic teria recebido informações sobre um grande número de icebergs na rota até Nova York e por isso modificou o curso previsto.
Às 23h40, dois funcionários que estavam posicionados no mastro do navio avistaram um iceberg. Após 47 segundos o bloco de gelo rasgara o casco do transatlântico provocando a tragédia.
Resgate
Por 2h40, passageiros e tripulantes lutaram pela sobrevivência, mas apenas 31,8% conseguiram sair com vida do incidente. Para o resgate, havia 20 botes, número insuficiente, considerando a quantidade de pessoas a bordo.
Enquanto o transatlântico afundava, os sobreviventes aguardavam ajuda incerta, já que apenas um barco respondeu ao chamado do Titanic e foi ao local resgatar as vítimas.
História
Por 73 anos a localização dos destroços do Titanic se manteve um mistério. Uma expedição liderada pelo pesquisador Robert Ballard localizou o que sobrou da embarcação a aproximadamente quatro quilômetros de profundidade nas proximidades dos Grandes Bancos de Newfoundland, no Oceano Atlântico.
Desde a descoberta, mais de 6 mil peças do navio já foram retiradas, incluindo loças, itens de vestuário e partes do embarcação.
Transatlânticos
Se a grandiosidade do Titanic impressionava em 2012, cem anos depois o mercado de transatlânticos continua em expansão e aposta em navios suntuosos. O maior deles em atividade, tem capacidade para 5,4 mil passageiros e tem mais de 225 mil toneladas, proporções muito maiores do que as do Titanic.
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